Vasco Granja, divulgador de banda desenhada e do cinema de animação em Portugal, morreu esta madrugada em Cascais. Tinha 83 anos.
in Público
Há poucos dias, a propósito do livro Drawing Words and Writing Pictures, conversava com o autor norte-americano Matt Madden sobre o uso da expressão “banda desenhada”, quando surgiu em Portugal e quem a introduziu: Vasco Granja, em meados da década de 1960, no Diário Popular. Tracei ao Matt um perfil dele, para que soubesse quem era, e enquanto o fazia, pensei que era demasiado breve, e claro, centrado na animação. É certo que o nome, para a maioria [mas sobretudo para uma certa geração], ficará para sempre ligado à animação, tanto que era tido e conhecido como o “pai da Pantera Cor-de-Rosa”. No entanto, Vasco Granja também manteve um forte actividade na banda desenhada, divulgador incansável, foi estudioso, crítico, tradutor e teve responsabilidades editoriais. Era um homem plural e atento, daqueles que fazem sempre falta e deixam muitas saudades.
Nota: Uma boa leitura, para ficar a saber mais sobre a carreira e a vida de Vasco Granja, com uma longa entrevista conduzida por João Paiva Boléo, é a biografia Uma Vida… 1000 Imagens, editada pela Asa.