Entrevista Súbita Com António Jorge Gonçalves

António Jorge Gonçalves
© António Jorge Gonçalves

A Entrevista Súbita desta semana é com António Jorge Gonçalves e está online no blog Mundo Fantasma.

Conheci o António Jorge há muitos anos, num debate sobre bd, desde aí ficamos amigos e até já trabalhamos juntos. Seria complicado escrever com [verdadeiro] sentido crítico sobre alguém que conheço, gosto e cujo trabalho prezo muito, por isso, esta semana não há apontamento. O motivo está explicado: honestidade.

The Sudden Interview of this week is with António Jorge Gonçalves and it’s already in Mundo Fantasma. António Jorge Gonçalves [1964,Lisbon – Portugal], comic book author, illustrator and political cartoonist. Jorge got notoriety with As Investigações de Filipe Seems, a detective series that was published in the defunct weekly magazine Se7e in 1992. From that series there were made three books: Ana, published in 1993; A História do Tesouro Perdido, 1994; e A Tribo dos Sonhos Cruzados, published in 2003… check out the interview and a extended version this mini-biography in Mundo Fantasma!

A Máquina do Hype #06

Máquina do Hype #06
© The Cobra Snake

Peças Novas

Há algumas semanas que o próximo It’s A Bit Complicated, dos Art Brut, andava por aí [qualquer pesquisa bem feita no Google leva aos MP3s]. Daquilo que li, Direct Hit seria o grande single do álbum, mas depois de ouvir com atenção, Pump Up The Volume foi a única música que me ficou no ouvido e na playlist. Ainda que as sobrancelhas do vocalista, Eddie Argos, despertem a atenção de qualquer um, infelizmente, continua a faltar aos Art Brut uma emulação actualizada do Jarvis Cocker para ganharem algum estatuto. Sim, porque os Art Brut são isso, uns Pulp electrizados.

Peças Soltas

Andei a semana entretido com Get Low Club Action [ouçam-na lá em baixo, no Ruído], remistura que Scattermish fez de Club Action, dos Yo Majesty, com a versão de Herve para Licky de Larry Tee [tanta gente!]. Scattermish classificou-a de “Timid Fuckup Edit”, o que numa tradução selvagem resultaria em qualquer coisa como “Remistura Tímido-Fodida“, bem, de tímida tem pouco, agora de fodida, e bem fodida, tem muito. No blog dele, para além de outras remisturas, também encontram sets completos para download gratuito e legal. Caso para se dizer, fodidos, mal pagos, mas muito agradecidos.

Peças Usadas

Cato Salsa Experience. Duma banda com um nome assim, só se pode esperar: a) grandes coisas, b) o horror. Mas como têm um álbum de 2005 editado em conjunto com os The Thing e com o grande-grande Joe McPhee, fui à confiança. O resultado, uma mistura portentosa de garagem com jazz e sei-bem-lá-mais-o-quê, foi uma boa surpresa. O site deles também vale uma visita. Ah! Quase que me esquecia de mencionar o nome do álbum: Sounds Like Sandwich… e soa mesmo!

Medição e Ensaio de Peças

De bandas suecas, está o mundo cheio: Boat Club, Concretes, Peter Bjorn & John, Envelopes, Strountes. Os Santa Maria são mais um nome a juntar a esta longa lista, e como todos os outros, também fazem música que aborrece. Ainda assim, para quem é dado a revisões Pop, o download gratuito e legal de Dogs, Make Up e Cuckoo pode ser feito aqui. Ainda não percebi bem onde está o fascínio disto, mas enfim, um dia lá chegarei.

Ruído da Máquina

Get Low Club Action [Timid Fuckup Edit]
Scattermish.blogspot.com – 2007
Scattermish

Nota: A minha Máquina do Hype é publicada todas as segundas-feiras.
Os MP3s desta edição são autorizados, expressamente e por escrito, pelo[s] respectivo[s] autores[s] e serão retirados em 24 horas.

A Máquina do Hype #05

A Máquina do Hype #05
© The Cobra Snake

Peças Novas

Mais do que novas, estas peças estão por estrear, falo dos Bitchee Bitchee Ya Ya Ya [BBYYY], uma dupla londrina de DJs que irrompeu, assim do nada, com remisturas portentosas de Cansei de Ser Sexy, Brodinski, Mr. Flash, Bonde do Role e Poney Poney. O som é arranhado, cheio de loops toscos, com muita gritaria pelo meio, tão imperfeito, mas tão irresistível que nem sabia muito bem qual das músicas havia de colocar aqui. Suspeito que estes tipos, ou tipas, ou lá o que são, porque ninguém sabe muito bem quem são os BBYYY, vão rebentar por aí. Confirmem-no ouvindo os temas Tu Connais Le Chanson, Fuck Friend e Office Boy, depois podem dar um salto ao MySpace deles para fazerem download gratuito e legal de tudo o que lá está!

Peças Soltas

Dão pelo nome de The Glamour, ninguém diria que são de Milwaukee, Winsconsin, têm um toque muito de finais de 90, mas dentro dos limites do bom senso e gosto. Hesitei entre Kidz Night e Get Into It, mas esta última dá tanto, mas tanto, gozo que acabou por ser escolhida. Testem o que acabei de escrever: ponham o som das colunas no máximo, peguem numa Bic, cliquem em play e aos primeiros sons, saltem para cima da cadeira, rodopiem sem parar com a Bic em riste, até vazarem a vista daquele vosso colega-do-lado-que-é-um-chato. Dá cá um gozo vê-lo gritar, não dá? Se estão por casa, e não podem entregar-se a estas coisas, telefonem já a meia dúzia de amigos a marcar uma festa para logo à noite!

Peças Usadas

Jeanette Dimech. Filha de um belga e de uma espanhola, estrela de um êxito só, Porque Te Vas. Primeiro, achei que a música podia pertencer à série Verão Azul, confirmei que não, que afinal é do filme Cria Corvos de Carlos Saura, mas como este é de 74, e eu só o vi muito mais tarde, lá acabei por ficar meio perdido durante semanas, sem saber donde é que conhecia a música. Depois, lembrei-me de uma festa de anos de um amigo meu, em que me partiram a cana do nariz, tinha eu aí uns 7 ou 8 anos, e que enquanto a minha mãe tentava estancar o sangue, eu, numa de superar as dores, fixei-me na música que estava a dar: Porque Te Vas. Ou melhor, fixei-me no chim-chim, feito pela bateria, que entra logo aos 20 e poucos segundos. Dentro da minha cabeça, aquele chim-chim era semelhante ao chim-chim que a cana do meu nariz fez quando partiu, e isso, vá-se lá perceber como, ajudou na auto-hipnose contra a dor. Talvez por isso, outras das preferidas da minha playlist seja Chi Ching da Lady Sovereign. Voltando um nadinha atrás, a voz dela também ajudou, fazia-me lembrar a de um desenho animado, e quando temos 7 ou 8 anos e ouvimos vozes assim, o mundo é um lugar seguro, mesmo quando o sangue escorre e a festa está estragada. Tudo isto saltou cá para fora, quando estava a ver os vídeos da Jeanette no YouTube.com, onde há desde este gravado num bar apinhado de clientela irreal [reparem nos olhares do tipo que está sentado aos pés dela!], e em que se ouve bem o tal chim-chim, até esta ofuscante aparição ao vivo, passando por este outro com um cameraman atiradiço nos movimentos pélvicos. O vídeo da versão cantada pela Shana Tesh também tem graça, não tanto pela música, mas pelo diálogo no táxi, típico de novela ou de uma qualquer pornochachada latino-americana. Detalhe que já não faz parte da minha memória.

Medição e Ensaio de Peças

Nota máxima para Italiano Lento do DJ Sandrinho, retirado de Baile Funk Masters #1, salpicada de gemidos, mas a provar que com batidas simples se fazem faixas imaculadas, como é o caso. O DJ Sandrinho, fica aqui o convite se estiverem por perto, passará pelo Triptyque em Paris neste próximo 24 de Maio, seguindo para o Favela Chic de Londres a 27, e volta a 30 ao Favela de Paris. Tendo em conta os destinos lowcost disponíveis, são estas as sugestões, mas para saberem todas as datas e locais por onde vai passar, consultem o programa no My Space dele. Avançando para o “dance punk”, máxima para Hummer dos britânicos Foals, que depois de entrar no ouvido, cria balanço e faz abanar a cabeça.

Ruído da Máquina

Office Boy
Myspace.com/bbyayaya – 2007
Bitchee Bitchee Ya Ya Ya

Italiano Lento
Baile Funk Masters #1
Man Recordings – 2007
DJ Sandrinho

Get Into It
Let’s Party!
Promo – 2007
The Glamour

Nota: A minha Máquina do Hype é publicada todas as segundas-feiras.
Os MP3s desta edição são autorizados pelo[s] artista[s] e serão retirados em 24 horas.

Entrevista Súbita Com Johnny Ryan

Johnny Ryan
© Johnny Ryan

A Entrevista Súbita desta semana é com Johnny Ryan e já está online no blog Mundo Fantasma.

O humor de Johnny Ryan é directo, sem concessões, muitas vezes grosseiro, quase sempre politicamente incorrecto, mas sempre eficaz. Verdade seja dita, será difícil não dar umas boas gargalhadas, não só à custa dos próprios personagens [a horrorosa Blecky Yuckerella, o misógino Loady McGee, etc], como daquilo que dizem e fazem. Se numa primeira leitura, tudo isto é tido como muito básico, noutra podemos considerar que não haverá melhor para ilustrar parte da actualidade social. Todas as referências da cultura popular [e do consumo] servem, neste caso, para fazer rir, e ao mesmo, notar que estamos mais tacanhos a cada dia que passa. Por outras palavras, é sempre complicado olharmo-nos ao espelho, sobretudo quando a sensação que temos é de nojo e riso.

The Sudden Interview of this week is with Johnny Ryan and it’s already in Mundo Fantasma. Johnny Ryan [1970, Boston, Massachusetts – USA] is a cartoonist and illustrator. Johnny began self-publishing in the early 90s the minicomic Angry Youth Comix, picked up by Fantagraphics in 2000 and since then nominated several times for Ignatz, Harvey and Eisner awards. Johnny is also the creator of a weekly comic strip Blecky Yuckerella… check out the interview and a extended version this mini-biography in Mundo Fantasma!