Julieta

Julieta
Julieta
Acompanhada por Conjunto de Guitarras de António Chainho
7″, Vinil, 45 RPM
Portugal cantante
PCEP-042
s.d.

Capa: Litoarte – Oliveira do Douro
Foto: Dário
Produção: Zé Castino
Técnicos de Som: Rui Remígio & Luís Flor
Impressão Gráfica: Litoarte – Oliveira do Douro

Treze Anos de Idade
Julieta
uma voz prometedora

Apesar de tão jovem, Julieta tem neste seu primeiro disco a responsabilidade de quatro números1 inéditos, o que não é fácil para uma iniciada. Isso prova o seu valor natural.


  1. Canções 

Maria de Fátima Martins – A Minha Terra

A Minha Terra
Maria de Fátima Martins
Single 7″, Vinil, 45 RPM
Stereo
5279
s.d.

Maria de Fátima Martins nasceu a 12 de Maio de 1952 na Ladeira Grande, Ribeirinha, Ilha Terceira. Medindo apenas 1 metro de altura, com os seus olhos verdes e cabelos castanhos irradia uma alegria espontânea e contagiosa Desde criança teve uma cantiga nos lábios e com duas irmãs e um irmão, e acompanhados simplesmente por uma viola, actuaram em vários recintos na Terceira, sendo sempre muito aplaudidos.

Embora de físico frágil Maria de Fátima possui grande força de vontade, e não permite que a sua condição física diminua a sua alegria de viver!

Persseguindo [sic] um sonho deslocou-se aos Estados Unidos em 1978. Seu Sonho: fazer uma gravação!

O sonho de ontem é a realidade de hoje neste disco. Sob o patrocínio e acompanhada pelo Conjunto Musical “Memórias de Portugal”, esta é a sua primeira gravação “MINHA TERRA”, e pela maneira como tem sido acolhida nas suas apresentações nas comunidades portuguesas do Sul da Califórnia, o futuro apresenta-se risonho, muito risonho para Maria de Fátima Martins.

Parafuso – Parafuso Em Lisboa

Parafuso Em Lisboa
Parafuso*
7″, Vinil, 45 RPM
Fontana
6139 002
1976

Impressão Gráfica: Sericrom – Indústrias Gráficas Lda.
Distribuição: Phonogram

Ainda que português, pela nacionalidade, Romão Félix foi é e será sempre moçambicano pelo “tudo mais” que fica para além do que oficialmente reza o bilhete de identidade de um cidadão. E foio-o, também, na graça com que captou, de muito novo ainda, o linguarejar descuidado do Povo das rua e bazares, das palhotas ao longo dos carreiros de areia, ao balcão das cantinas da terra portentosa que foi colónia e hoje é nação: Moçambique.

Com esse mesmo Povo se identificando como um irmão entre irmãos, retratou-o – não com a intenção de o menosprezar ou escarnecer, antes com a ternura sádia com que um brasileiro imita um “portuga” ou vice-versa, brincando sem ofender – na personagem que se tornou ídolo de negros e brancos na terra moçambicana: o “Parafuso”. Nele estava o simbolizado o “mainato”-lavadeiro, o contínuo, o cozinheiro, o aldeão-que-vem-para-a-cidade, com os seus risos, suas lágrimas, suas dores e alegrias, suas esperanças, ilusões, encantamentos.

Romão Félix é hoje um português que retornou a Portugal. Mas não veio só. Com ele veio o seu outro–eu [sic]: o “Parafuso”.

Ele aqui está.

“UM AMIGO”

* Romão Félix

António Severino – Pai, Perdoa A Minha Mãe

Pai, Perdoa A Minha Mãe
António Severino
EP 7″, Vinil, 45 RPM
PortugalCantante
PCEP-038
1982

Produção: Zé Castino
Técnico de Som: Victor Marques

INFORMO

António Severino trabalha desde rapaz, e há muitos anos, como distribuidor de gaz [sic] ao domicílio. Desde que gravou o seu 2.º disco com a letra: SENHOR NATAL, popularizou-se ao ponto de ser o Artista, do seu género, mais comercial, em feiras e mercados.

Com este seu último disco, totaliza 10 EPS e 1 LP.

Assim, continua a contar com milhares de admiradores em Portugal e no Estrangeiro, nomeadamente emigrantes Portugueses.

RECORDO

Após a Senhora Directora ser admitida na TV, numa entrevista que deu ao locutor Henrique Mendes, disse que iria dar aos artistas portugueses, que tivessem mérito próprio, uma oportunidade.

No dia seguinte, visto possuir uma Etiqueta1 só de Artistas Portugueses, telefonei para a D.M.E., fui atendido por uma pessoa que disse ser sua secretária (Maria Helena), que informou que quando a Directora chegasse do Estrangeiro, daria uma resposta.

Mercê do seu silêncio, depois de a Directora ter chegado, voltei a telefonar expondo à dita secretária que possuia [sic] na minha Etiqueta alguns Artistas com o tal mérito próprio. A secretária respondeu-me que achava muito bem, e que em breve me diria alguma coisa.

Voltei a telefonar mais duas vezes, deram-me a mesma resposta, e até agora, Maio de 1982, ainda não me disseram nada. Decerto que um dos artistas que consideraria com mérito próprio seria António Severino, mas até agora não lhe foi dada a oportunidade que merece.

Que será preciso para a RÁDIO não se esquecer de o tocar, e de a TELEVISÃO PORTUGUESA o chamar? Será preciso ser ESTRANGEIRO?… POLÍTICO?… BONITÃO?… ou bastará ANTÓNIO SEVERINO ser um dos melhores intérpretes da CANÇÃO PORTUESA?.

O responsável por estas verdades
José Alves Crispim


  1. Editora discográfica.