Há muitas teorias e explicações sobre avatares, será este o plural?!, o que significam e o modo como nos representam. Este desenho é o avatar que uso em quase todas as redes sociais e perfis digitais, não sei bem porquê, mas gosto dele.
Hoje seguiu para o espaço, em forma de dados, num raio que partiu da Estação Terrestre de Jamesburg no Vale de Carmel, Califórnia, em direcção a um dos sistemas de estrelas, conhecidos como goldilocks, onde os cientistas acreditam existir planetas habitados. O objectivo é que alguém algures numa dessas zonas do espaço o receba e responda. Enquanto escrevo esta entrada, já percorreu 890 632 080 quilómetros, o que é admirável. Mais ainda: podem segui-lo através deste link, basta passarem o rato por cima dos anos-luz (LY) para verem a distância actual.
Tudo através da iniciativa Lone Signal, uma experiência que dá continuidade a outras iniciativas METI, sendo que a primeira a que me juntei foi o SETI@home aí por volta de 1999 (credo!), mas só e apenas para analisar dados. Aqui acontece o contrário, estou a enviar. Não vi por lá outras mensagens enviadas por portugueses, tirando a de um advogado, que é um anúncio de oferta de serviços, com morada e tudo, o que é literalmente um mau sinal, do país e do estado das coisas.
Quanto ao desenho, é um sorriso e um olá, de boa vontade, de parvoíce, de vitória, de medo. Quem cresceu a ver séries de televisão, nos anos 80 do século passado, identificará com facilidade o sinal e a saudação. Vou parar por aqui e omitir o meu passado dedicado a assuntos extraterrestres, assim como o meu livro de recortes com relatos e fotos de avistamentos e outras coisas eventualmente embaraçosas.
Voltando ao início, não deixa de ser curioso que avatar vem do francês, mas tem como origem avatāra, que em sânscrito significa descenso de um entidade celestial ou espiritual à terra. Aqui é o contrário: subi e estou a 890 632 080 km da terra.