Autor: Paulo Patrício
Entrevista Súbita com Peter Bagge
© Peter Bagge
A Entrevista Súbita desta semana é com Peter Bagge e já está online no blog Mundo Fantasma.
Desta vez, e tendo em conta que uma grande parte da obra de Peter Bagge está centrada nos Bradley, e sobretudo no Buddy, o melhor será lerem esta crítica que publiquei na revista Quadrado.
The Sudden Interview of this week is with Peter Bagge and it’s already in Mundo Fantasma. Peter Bagge [1957, Peekskill, NY – USA] is a cartoonist and illustrator. Bagge started Neat Stuff series for Fantagraphics Books in the mid eighties. Soon, the teenage son of The Bradley’s, Buddy Bradley, emerged as Neat Stuff’s most engaging character and the title evolved into Hate in 1990. Following the adventures of Buddy Bradley, Hate instantly became public acclaimed and hailed by critics as a brilliant chronicle of the nineties… check out the interview and a extended version this mini-biography in Mundo Fantasma!
A Máquina do Hype #03
Peças Novas
Miss Odd Kidd poderá, com facilidade, confundir-se com Lady Sovereign. Verdade seja dita, todas as rappers inglesas têm o seu quê de Vicky Pollard, “no but yeah but yeah but yeah no but yeah…”, e por isso mesmo, são altamente confundíveis. Deixando de lado este tipo de comentários, que noutros lugares seriam motivo para linchamento público, esclarecemos que Weed Wine and Wankers de Miss Odd Kidd tem animado as nossas noites, remisturas de Sluttt e Drop The Lime incluídas [sem discutir qual das duas a melhor]. A única falha que podemos apontar a Miss Odd é a falta de rudeza, nota-se pelas letras que tem ainda muito “no but yeah but yeah but yeah no but yeah…” para percorrer. E para que não fique qualquer mal entendido, Lady Sov está para nós, como Nossa Senhora de Fátima está para os católicos: lá nos altos. Neste caso, dos subúrbios.
Peças Soltas
Moodymann. Nem sabemos bem por onde começar: se pela valente [re] mistura de funk, soul, jazz e house no recente 12″ Technology Stole my Vinyle, ou se pela vontade de abanar cabeça e corpo que uma coisa destas nos dá. O que sabemos, é que se houve uma noite um DJ que nos salvou a vida, houve um dia em que a tecnologia roubou o vinil. E ainda bem.
Peças Usadas
Pouco se salva em Supply and Demand, aborrecido exercício eu + eu = eu de Amos Lee, mas claro, há uma excepção e dá pelo título de Sweet Pea. A voz, suavíssima; a melodia, country pop dizem; e o chavão “you’re the only reason I keep coming home” usado na letra, são bons motivos para seguir estrada fora. Façam a experiência: liguem o iPod ao rádio do carro, coloquem em loop Sweet Pea e arranquem sem itinerário definido. Quando cair a noite e estiverem sei lá bem aonde, assim meio perdidos, lembrem-se que o único motivo para voltar a casa é o amor da vossa vida. Isto se souberem o caminho de volta, e como é óbvio, tiverem alguém à vossa espera. Caso contrário, se não são dados a experiências tontas, ouçam Hot Wax de Michael Andrew enquanto a fila de trânsito se resolve.
Medição e Ensaio de Peças
Nota máxima para Weird Science, dos Does it Offend You, Yeah?, também para Patrick 122 e Transexual, de Mr. Oizo, homem da “french electro”, e ainda para Pára de Gracinha [Euro Crunk Mix] com MC Leka, retirado de Funk Mundial #3, do duo italiano Crookers. Ligam todas bem, e escusado será dizer, são altamente dançáveis. A negativa vai para Icky Thump dos White Stripes, que fez furor junto dos fãs e de quem se lembrou de dar uma vista de olhos à letra [ou pelo menos a uma parte dela], mas a verdade é só uma: fartos de revisionismo musical estamos nós.
Ruído da Máquina
Pára de Gracinha [Euro Crunk Mix]
Funk Mundial #3
Man Recordings – 2007
Crookers
Nota: A minha Máquina do Hype é publicada todas as segundas-feiras.
Os MP3s desta edição são autorizados, expressamente e por escrito, pelo[s] respectivo[s] autores[s] e serão retirados em 24 horas.
Entrevista Súbita Com Jim Woodring
© Jim Woodring
A Entrevista Súbita desta semana é com Jim Woodring e já está online no blog Mundo Fantasma.
The Sudden Interview of this week is with Jim Woodring and it’s already in Mundo Fantasma. Jim Woodring [1952, Los Angeles – USA] is a cartoonist and illustrator. In 1980 Jim self-published the first issue of Jim, a “illustrated autojournal” published and collected regularly by Fantagraphics Books since 86. Another of Jim’s most acclaimed creations is the wordless and surreal Frank, published for the first time in 1991… check out the interview and a extended version this mini-biography in Mundo Fantasma!
A Máquina do Hype #02
Peças Novas
Os franceses estão a voltar em força, é o que se tem espalhado por aí. Por aqui, é certo que relíquias como Plastic Bertrand [ainda que belga], Mathématiques Modernes, Elli & Jacno até aos mais recentes Stereo Total [ainda que meio alemães], Air, Daft Punk e Nouvelle Vague estão entre os favoritos de sempre. O detalhe linguístico, se cantam ou não na língua materna, se a misturam com outras ou não, é de todo irrelevante. Talvez por isso, tanto são boas as surpresas exclusivamente cantadas em francês, Prototypes [atenção: EP à borla, aqui!], como as bilingues, Plasticines, e aquelas que chegam num inglês bem disfarçado, como Martin Solveig. Depois disto, só faltava aqui quem cantasse em “broken english”, e aí estão os SoKo, a cantar num inglês medonho, mas tão honesto e singular que mete dó. Verdade: Taken My Heart e I’ll Kill Her são músicas que entram pelo ouvido, não querem sair da cabeça e fazem o coração arrepiar, confirmem-no aqui. Sejamos honestos: antes isto, do que o maudito David Fonseca.
Peças Soltas
John Cooper Clarke. O historial do homem é complicado, brilhou na década de 70 com o punk e nas seguintes apagou-se à conta da heroína. Pode dizer-se, à falta de melhor, que é um poeta de rua [há quem o trate por Bardo de Salford] e cruza spokenword com electrónica, punk e sabemos lá mais o quê. Numa expressão: música não identificada. Nada melhor então, acharam os produtores da série ao ouvirem a música de Clarke, do que Evidently Chickentown para acompanhar a tensão existencial [?] entre Tony e Chris no fecho de Stage 5, um dos últimos episódios dos Sopranos. Por aqui, depois de Evidently Chickentown, retirado de Snap, Crackle & Bop, fomos atrás da compilação Word of Mouth e de lá arrancamos uma pérola, I Don’t Want to Be Nice.
Peças Usadas
Aí por meados da década de 90, Armand Van Helden era um Midas entre Djs e produtores. Enumerar aquilo em que tocou e transformou em ouro, de Fine Young Cannibals a Daft Punk, seria o mesmo que escrever uma página sobre a história das grandes batidas daquela década. Entretanto, o House foi-se e o toque de Van Helden também, mas surpresa!, depois da eficaz mistura de Sexy Back [de Timberlake, claro], ressuscita em Ghettoblaster, último álbum, com Playmate. A batida é muito noventas, a voz é assim-assim, agora que é altamente dançável, é. Pior: deixa ficar a suspeita que o House ainda vai voltar. Mau Maria.
Medição e Ensaio de Peças
Nota máxima para o hip hop africano, recolhido na compilação African Underground: Depths of Dakar da Calabash Music, em particular o som de Sen Kupar. Do hip hop africano para o funk e deste para o kuduru [faz tudo sentido, não faz?!], os Buraka Som Sistema fizeram misturas de Gasolina, dos Bonde do Rolê, e Birdflu Guns Up, da M.I.A. Gostamos mais do primeiro, o outro é um bocadinho um tiro no ouvido. Mas pronto, infelicidades destas acontecem.
A minha Máquina do Hype é publicada todas as segundas-feiras.
Entrevista Súbita Com José Luis Ágreda
© José Luis Ágreda
A Entrevista Súbita desta semana é com José Luis Ágreda, e como é hábito, está online no blog Mundo Fantasma.
Já tinha escrito sobre José Luis há uns bons anos, para ser exacto em Janeiro de 2000 no Volume 3 Nº 2 da Quadrado, isto a propósito dos mais novos, representativos e interessantes autores espanhóis de bd daquele momento. Além do José Luis, escrevi, entre outros, sobre Sergio Córdoba, Juaco Vizuete, Calo, Paco Alcazar, Maria Colino e Alex Fito.
Desde aí fui seguindo o trabalho de José Luis com atenção, talvez muito à custa de ler a revista do El País, onde ilustra crónicas da Maruja Torres, e assinar a revista de literatura Qué Leer. E também, pelo hábito de comprar fanzines e edições alternativas sempre que vou a Espanha, neste caso, El Tebeo Veloz [minúsculo!], No, fundada pelo irmão do José, ou U, El Hijo de Urich.
Aquilo que me deslumbra no José Luis é o traço, altamente gráfico, e a paleta de cores, rica, tanto na bd como na ilustração. Depois, há ainda o uso eficaz de personagens acessórios na composição, sobretudo na bd e nos grandes quadrados, que surpreendem pelo detalhe ou muitas vezes pelo toque humorístico.
Quer isto dizer que há autores cujo trabalho vale bem a pena seguir, como é o caso do José Luis. Confirmem-no aqui.
The Sudden Interview of this week is with José Luis Ágreda and it’s already in Mundo Fantasma. José Luis Ágreda [1971, Sevilla – Spain] illustrator and cartoonist. Started publishing his work in influent spanish magazines, such as El Víbora, El País de las Tentaciones and El Jueves. With a huge amount of work published, José is public and critically acclaimed with Cosecha Rosa in 2001. Which gave him the “Best Book” award in the Barcelona’s Comic Convention of 2002. Please, don’t miss his blog – really wonderful! Check out the interview and a extended version this mini-biography in Mundo Fantasma!
Sketch du Jour #87
Até segunda-feira.
See you monday.