A Máquina do Hype #10

Máquina do Hype #10
© Last Nights Party

Peças Novas

É o mais fácil e poético dos lugares comuns: primeiro estranha-se, depois estranha-se. O mesmo se pode dizer sobre Mesh, que no perfil do MySpace dele, define a música que faz como qualquer coisa “que nunca ouvimos antes”. O que não é bem verdade, mas quase. Ainda no MySpace, Mesh caracteriza um dos temas, Let The Dance Begin, como “electronic dance rock do mais alto nível que há”, acrescentando que se trata de uma “narrativa musical em crescendo”. Deixando de lado a assumida imodéstia, a narrativa poderia muito bem ser esta: depois de muitos copos, alguém desagua sozinho numa qualquer discoteca e atira-se, em plena euforia alcoólica, para uma pista de dança ainda vazia. Bizarro, certo, mas depois de um [patético] jantar de empresa, [infeliz] despedida de solteiro ou de uma [amarga] discussão familiar, não é invulgar acabar assim a noite. Ou começar, tudo depende do ponto de vista. É exactamente sobre isso, sobre o desejo de querer ser feliz, que Let The Dance Begin trata. O mesmo se pode dizer sobre I Want to Start e Side A, a nossa favorita. Tudo para download gratuito e legal aqui.

Peças Soltas

As aparições vaginais [!?] de algumas celebridades são cada vez mais frequentes. Aconteceu com Britney Spears e Lindsay Lohan, coincidência ou não, ambas fotografadas a sair de um carro. Descruzar pernas, já se sabe, é uma difícil arte, principalmente para quem não usa roupa interior. Literalmente atentos ao fenómeno, os The Pase Rock, com ajuda dos Spankrock, escrevinharam Lindsay Lohan’s Revenge, segue o refrão:

Why you showin’ them coochie lips gettin’ up out your car?
Paparazzi hangin’ all around you, bitch.
You know you’re a superstar
Put yo’ panties on!
Put that pussy away!
[Looks like a baby rat!]

E agora o vídeo. Pois, o vídeo. Sim, o vídeo. O vídeo, pois. O vídeo. Aqui. Agora façam o seguinte exercício: sigam para o Ruído [lá em baixo], e se tal é possível, ouçam a música como se nunca tivessem visto o vídeo. O resultado não é bem-bem a mesma coisa, pois não?! A resposta está na maudita dialéctica das coisas.

Peças Usadas

Lady Sovereign desabafa neste vídeo sobre depressão e dá por acabado um concerto, nesta entrada do MySpace Lily Allen escreve que é “ gorda, feia e mais merdosa do que a [Amy] Winehouse”, para pouco depois pedir desculpa pela afirmação. Vá-se lá perceber porquê, mas de repente, este hilariante concurso televisivo japonês de “Tetris humano” é uma poderosa metáfora sobre os desajustes da vida.

Medição e Ensaio de Peças

Nota positiva para DJ Never Forget, tanto pela fartura capilar dos sovacos [espreitem aqui!], como pelas remisturas que vai oferecendo para download no MySpace. É o caso de Down and Out at The Rooftop Hang, feita a pensar no Verão que aí vem, segue a lista daquilo que preenche 40 minutos e tem 55 MB de tamanho:

Intro | Terry Diabolik
Beeper (Shake It Down) | Sinden & Count Of Monte Cristal/Blaqstarr
The Party Feat. Uffie (LA Riots Remix) | Justice (Exclusice)
Ce Jeu (Them Jeans Edit) | Yelle
Thou Shalt Always Kill | Dan Le Sac Vs. Scroobius Pip
Patrick122 | Mr. Oizo
Yea Yeah (Flosstradamus Remix Final) | Matt & Kim
D.A.N.C.E (mstrkrft Remix) | Justice
Hearts On Fire | Cut Copy
Sea Lion (Chromeo Remix) | Feist
Running Up that Hill (Vocal Club Mix) | Prax Paris
New York (Teenager South of Houston Mix) | Eskimo Joe
Thunderous Bumps | Spank Rock + Justice/Thunderous Olympians Remix
Pogo | Digitalism
Pro Nails | Kid Sister Feat. Kanye West

Os interessados podem clicar aqui aqui e salvar para o disco! Se não funcionar, saltem para o MySpace dele.

Avançando para a Pop: está anunciado para meados de Setembro o álbum a solo de Kevin Drew, dá pelo título de Spirit of… e é o primeiro de uma série dedicada ao trabalho a solo de cada um dos membros fundadores do colectivo Broken Social Scene. O single de promoção, Tbtf [não puxem pela cabeça, a abreviação significa Too Beautiful to Fuck] já está disponível para download gratuito e legal na página oficial da Arts & Crafts. Gostamos tanto, é tão relaxado!, que serviu de banda sonora para a Máquina desta semana. Quer isto dizer que a Máquina foi escrita em 3:51 min? Não duvidem disso.

Ruído da Máquina

Let The Dance Begin
Let The Dance Begin, I Want To Start
Myspace.com/kingmesh – 2007

Mesh

Lindsay Lohan’s Revenge [Feat. Spankrock]
Lindsay Lohan’s Revenge
Fully Fitted – 2007

Pase Rock

Tbtf
Spirit Of…
Arts & Crafts – 2007

Kevin Drew

Nota: A minha Máquina do Hype é publicada todas as segundas-feiras.
Os MP3s desta edição são autorizados, expressamente e por escrito, pelo[s] respectivo[s] autores[s] e serão retirados em 24 horas.

A Máquina do Hype #09

Máquina do Hype #09
© The Cobra Snake

Peças Novas

O dia está de chuva. Uma infelicidade que só pode ser corrigida com
Small Planet, belíssimo single que anúncia o álbum de estreia de Ferraby Lionheart [ver arquivo], Catch The Brass Ring, disponível a 4 de Setembro. Apostamos que era capaz de fazer chorar as pedras da calçada, não estivessem estas já chorosas de apanharem com tanta chuva. Sem mais: a devoção por este homem continua intacta.

Peças Soltas

Aqui está Dan Deacon [Hype #07], com um sorriso de orelha a orelha, num programa da manhã de uma afiliada da NBC. Poderá isto um dia acontecer no Praça da Alegria?! Temos as nossas sérias dúvidas. Mas que foi o “Momento Zen” da semana que passou, foi.

Peças Usadas

Um amigo arquitecto, assim mesmo, com minúscula, ou melhor ainda, arquitecto, assim sim, recomendou Mary Onettes. O nome é um trocadilho com “marionetas”, explicou, e são suecos, sublinhou. Os portugueses morrem de amores por trocadilhos, coisa infantil e preguiçosa já se sabe, mas quando um arquitecto fica fascinado com um trocadilho rasteiro como este, está explicado o porquê de alguma arquitectura que por cá se faz. Quanto aos Mary Onettes, fazem um revisionismo aborrecido da viragem dos Anos 80 para os 90. New Order, The Cure e por aí adiante. Este fenómeno, o dos suecos se dedicarem ao revisionismo da pop passada [ver Hype #06], é tão preocupante como o prazer que temos com os trocadilhos. Ainda assim, deixamos ao nosso prezado arquitecto Jenny Wilson, sueca bem parecida que editou em 2006 Love And Youth. Vai lá encontrar muito de Anos 80, claro está, mas bem revistos. Ora ouça e depois escreva-nos uma memória descritiva, ó arquitecto.

Medição e Ensaio de Peças

Os Young and Restless [sim, quase como a telenovela] lançam álbum de estreia lá para meados deste mês, o single de apresentação, Kapow!, disponível para download gratuito e legal no MySpace deles, convence desde logo pela força da bateria e pelo histerismo vocal de Karina Utomo, tanto mais que foi single da semana passada no iTunes. Verdade seja dita, estávamos longe de imaginar que em Camberra, Austrália, terra dos Young and Restless, havia uma qualquer e hipotética cena “indie” bem sucedida.

Na mesma linha, mais vale tarde do que nunca!, fica aqui You’re Supposed To Be My Friend, retirado do recente Cookies, álbum de estreia dos 1990s. Reparem, não se chamam “The 1990s”, mas apenas 1990s. Deixando de lado o detalhe, 1990s são assim muito despretensiosos, não fossem eles de Glasgow, e fazem rock [ou “indie” ou o que entenderem] hiper-eficaz. Só temos a agradecer por isso.

Mudando de estilo como quem muda de camisa, são boas as notícias: os Bitchee Bitchee Ya Ya Ya [ver arquivo] vão assinar contrato esta semana e terão disco de estreia lá para Setembro. Apesar da novidade, ainda não há apresentação ou sequer foto, vá lá, oficial da banda, muito menos se sabe o nome da editora com quem vão assinar. Ficam outras perguntas por responder: será que a tipa, com uma faixa negra a ocultar-lhe os olhos, que aparece nas fotos do MySpace faz parte dos BBYYY? E aquele pé bem feito num sapatinho prateado, afinal de quem é, dela, dele ou é de ninguém? A única aparente certeza é que se trata de uma dupla, isso mesmo: Bitchee Bitchee e Ya Ya Ya, e que são muito simpáticos, pelo menos a avaliar pelos e-mails recebidos. O novíssimo Before, disponível para download gratuito e legal no MySpace dos BBYYY, tem pelo meio um som que parece saído daquelas gaitas de plástico, muito irritantes, que existiam nas aulas de Educação Musical.

Ruído da Máquina

Small Planet
Catch The Brass Ring
Nettwerk – 2007

Ferraby Lionheart

A Brief Story
Summertime – The Roughest Time
Rabid – 2005
Jenny Wilson

Kapow!
Young and Restless
Dot Dash – 2007

Young and Restless

You’re Supposed To Be My Friend
Cookies
Rough Trade – 2007
1990s

Before
Myspace.com/bbyayaya – 2007
Bitchee Bitchee Ya Ya Ya

Nota: A minha Máquina do Hype é publicada todas as segundas-feiras.
Os MP3s desta edição são autorizados, expressamente e por escrito, pelo[s] respectivo[s] autores[s] e serão retirados em 24 horas.

A Máquina do Hype #08

Máquina do Hype #08
© The Cobra Snake

Peças Novas

Somos todos músicos. E quem diz músicos, diz fotógrafos, designers ou o que se quiser. A ideia é contemporânea, ou nem tanto, já que se escreve sobre o fenómeno dos self media há quase meio século, mas hoje a popularização da produção artística tem contornos bem definidos, serve a indústria cultural e é fonte de conteúdos para a Web. Um bom exemplo disso, é Bobmo, DJ francês com pouco mais do que 18 anos que começou por fazer beats com sons tirados uma consola de jogos, uma Playstation!, e edita agora o 12” Let’s Go Bobmo pela Institubes. Se para alguns isto é preocupante, para aqueles que entendem a “geração Myspace” como um movimento artístico em si [ainda que acidental, informal e disperso], Bobmo é mais um exemplo de que a educação e produção artística tradicional está praticamente arrumada a um canto. Ou isso, ou corre sério risco de extinção. Nada de pessimismos, todos para o Bobmobile!

Peças Soltas

Ungawa! A saudação é frequente em filmes onde aparecem tribos primitivas [!] ou povos de uma qualquer região inexplorada, se puxarem pela memória, vão lembrar-se que Tarzan cumprimentava assim tudo o que era criatura viva. A expressão em si nada significa, diz-se que foi inventada por um grupo de argumentistas de Hollywood que iam almoçar a um restaurante no bairro de Gower. Quanto ao Ungawa dos Chow Nasty, a circular pela Web há uns anos e só agora editado no álbum de estreia Super [Electrical] Recordings, é o single perfeito para festas selvagens, daquelas que envolvem litros de cerveja e onde as conversas não passam disto: Ungawa! Mim Tarzan! Tu Jane!

Medição e Ensaio de Peças

Tudo é estranho nos Map Of Africa: o site e o MySpace deles está quase vazio de conteúdo, estabelecer contacto foi uma dor de cabeça e depois de uma pesquisa rápida, ficamos a saber que o álbum [edição limitada da Whatever We Want] já vale uns bons euros em leilão. Acrescente-se ainda a seguinte informação, os Map são uma dupla, constituída pelo DJ Harvey e pelo produtor Thom Bullock [A.R.E. Weapons, Rub N Tug, etc], que neste projecto aposta no “disco rock”, meio decadente e com letras bizarras, para não dizer incompreensíveis. Bem, como alguém já escreveu por aí, é música para quem tem o peito farto de pêlo, ao que seria de acrescentar: Tony Ramos, toma lá o disco da tua vida!

Boa surpresa o EP All That You Are dos Lismore, desde logo pela pontinha de desespero que há na voz de Penelope Trappes. A batida também não é de menosprezar, faz lembrar uma sequência de murros numa qualquer jogo da Wii ou PSP. Podem encontrar várias músicas para download gratuito e legal no site deles, entre as quais uma versão do tema 1979 dos Smashing Pumpkins. Também consultar as datas e locais da digressão, limitada aos Estados Unidos. Uma pena. Talvez por isso, tenham sido simpáticos e cederam All That You Are para download. Basta clicarem no título com botão direito do vosso rato e “salvar como” para o vosso computador o MP3.

Peças Usadas

É impossível resistir a uma transcrição deste extraordinário diálogo entre duas brasileiras, numa manhã de ressaca amorosa [?!?], que abre Bananas du Brasil de 2005 dos Prototokyo:

– Ai que delícia esse lugar, não é bom?
– É muito bom, adoro praia!
– É tudo o que eu precisava!
– Eu também!
– Como é que passou a noite ontem?!
– Gente, foi muito bom, Tastemaker Three é um fofinho… um gatinho…
– Jura?! Vi vocês dois juntos e amei!
– Pois é, ele é super-romântico, sabe, a gente beijou a noite toda…
– Ai meu deus!
– Ele passa a mão no cabelo! Como foi o seu?!?
– Ai menina, mas o Ladies Sagittaria… olha vou te contar… ele é assim… um furacão!
– Nossa!
– Sabe, assim um furacão!?
– Sei!
– Eu tou cansadérrima, menina!

… depois disto, tão certo como o erro de português no título, segue-se um prenúncio de swingada. Deixando de lado interpretações maldosas e possíveis trocadilhos de mau gosto com o título, Bananas du Brasil anima qualquer fim de tarde numa esplanada. Vai uma caipirinha?!

Ruído da Máquina

To The Bobmobile
Let’s Go Bobmo
Institubes – 2007
Bobmo

Ungawa
Super [Electrical] Recordings
Omega Records – 2007
Chow Nasty

Map Of Africa
Map Of Africa
Whatever We Want – 2007
Map Of Africa

All That You Are
All That You Are
Cult Hero – 2007
Lismore

Bananas du Brasil
Prototokyo
Domo Records – 2005
Prototokyo

Nota: A minha Máquina do Hype é publicada todas as segundas-feiras.
Os MP3s desta edição são autorizados, expressamente e por escrito, pelo[s] respectivo[s] autores[s] e serão retirados em 24 horas.

A Máquina do Hype #07

Hype #07
© The Cobra Snake

Peças Novas

Não sei bem em que categoria é que se encaixa Dan Deacon, suponho que na da electrónica experimental, mas como tem formação musical clássica, se algum experimentalismo há, será calculado e erudito. Fugindo a esta coisa terrível das categorias, o último álbum dele, Spiderman of the Rings, é uma cacofonia de sons, bem medida e bem misturada. Até nos momentos mais bizarros, como nos coros de Wham City [12 minutos de duração!] e The Crystal Cat, ambas no MySpace dele para download gratuito e legal. Resumindo: uneasy listening no seu melhor.

Peças Soltas

O cruzamento é estranho: Seek Zag Lazer é alemão e Mao Dou Mao chinesa, juntos dão pelo nome de Tyskerhår. A música que fazem é cheia de energia, Workout é um bom exemplo disso, até porque faz lembrar a banda sonora de um jogo de acção. No MySpace deles encontram ainda Chinese Nipplez, C Pop e Shangai Lapdance, tudo para download gratuito e legal. Também podem comprar directamente o CD de apresentação, com pouco mais de uma dezena de músicas, algumas decentes, outras nem tanto, mas 98% mais interessantes do que aquelas que se ouve na rádio, como explicam os próprios. A honestidade só lhes fica nem.

Peças Usadas

Al Green. Poupem-me o esforço do “copy & paste”, o melhor será lerem a entrada na Wiki, que não é muito exacta, mas serve, ou então façam uma visita ao site oficial do homem. Sem clássicos como Let’s Stay Together, Tired Of Being Alone ou Love And Happiness nada disto teria muita graça. Deixem-se ofuscar pela voz, e pelo inacreditável fato axadrezado!, neste vídeo de 73, um dos anos da melhor década dele.

Medição e Ensaio de Peças

A editora Get Physical está a comemorar 5 anos de vida, para assinalar a data, está no Ruído In White Rooms da dupla Booka Shake, formada por Walter Merziger e Arno Kammermeie, dois dos fundadores da Physical. A comemoração levará à edição de 5 Years of Get Physical, CD duplo com temas novos e remisturas de “clássicos”, nas lojas a 11 de Junho, e a uma digressão colectiva pela Europa. Da lista de países não consta, pelo menos para já, Portugal. Que atraso de vida. Quanto a White Rooms, ou qualquer outra música dos Booka Shade [ver arquivo], é tão física e palpável como a própria editora. Não se esperaria outra coisa.

Ruído da Máquina

The Crystal Cat
Spiderman Of The Rings
Carpark Records – 2007
Dean Deacon

Workout
Myspace.com/tyskerhar – 2007
Tyskerhår

In White Rooms
Movements
Physical – 2006
Booka Shade

Nota: A minha Máquina do Hype é publicada todas as segundas-feiras.
Os MP3s desta edição são autorizados, expressamente e por escrito, pelo[s] respectivo[s] autores[s] e serão retirados em 24 horas.

A Máquina do Hype #06

Máquina do Hype #06
© The Cobra Snake

Peças Novas

Há algumas semanas que o próximo It’s A Bit Complicated, dos Art Brut, andava por aí [qualquer pesquisa bem feita no Google leva aos MP3s]. Daquilo que li, Direct Hit seria o grande single do álbum, mas depois de ouvir com atenção, Pump Up The Volume foi a única música que me ficou no ouvido e na playlist. Ainda que as sobrancelhas do vocalista, Eddie Argos, despertem a atenção de qualquer um, infelizmente, continua a faltar aos Art Brut uma emulação actualizada do Jarvis Cocker para ganharem algum estatuto. Sim, porque os Art Brut são isso, uns Pulp electrizados.

Peças Soltas

Andei a semana entretido com Get Low Club Action [ouçam-na lá em baixo, no Ruído], remistura que Scattermish fez de Club Action, dos Yo Majesty, com a versão de Herve para Licky de Larry Tee [tanta gente!]. Scattermish classificou-a de “Timid Fuckup Edit”, o que numa tradução selvagem resultaria em qualquer coisa como “Remistura Tímido-Fodida“, bem, de tímida tem pouco, agora de fodida, e bem fodida, tem muito. No blog dele, para além de outras remisturas, também encontram sets completos para download gratuito e legal. Caso para se dizer, fodidos, mal pagos, mas muito agradecidos.

Peças Usadas

Cato Salsa Experience. Duma banda com um nome assim, só se pode esperar: a) grandes coisas, b) o horror. Mas como têm um álbum de 2005 editado em conjunto com os The Thing e com o grande-grande Joe McPhee, fui à confiança. O resultado, uma mistura portentosa de garagem com jazz e sei-bem-lá-mais-o-quê, foi uma boa surpresa. O site deles também vale uma visita. Ah! Quase que me esquecia de mencionar o nome do álbum: Sounds Like Sandwich… e soa mesmo!

Medição e Ensaio de Peças

De bandas suecas, está o mundo cheio: Boat Club, Concretes, Peter Bjorn & John, Envelopes, Strountes. Os Santa Maria são mais um nome a juntar a esta longa lista, e como todos os outros, também fazem música que aborrece. Ainda assim, para quem é dado a revisões Pop, o download gratuito e legal de Dogs, Make Up e Cuckoo pode ser feito aqui. Ainda não percebi bem onde está o fascínio disto, mas enfim, um dia lá chegarei.

Ruído da Máquina

Get Low Club Action [Timid Fuckup Edit]
Scattermish.blogspot.com – 2007
Scattermish

Nota: A minha Máquina do Hype é publicada todas as segundas-feiras.
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A Máquina do Hype #05

A Máquina do Hype #05
© The Cobra Snake

Peças Novas

Mais do que novas, estas peças estão por estrear, falo dos Bitchee Bitchee Ya Ya Ya [BBYYY], uma dupla londrina de DJs que irrompeu, assim do nada, com remisturas portentosas de Cansei de Ser Sexy, Brodinski, Mr. Flash, Bonde do Role e Poney Poney. O som é arranhado, cheio de loops toscos, com muita gritaria pelo meio, tão imperfeito, mas tão irresistível que nem sabia muito bem qual das músicas havia de colocar aqui. Suspeito que estes tipos, ou tipas, ou lá o que são, porque ninguém sabe muito bem quem são os BBYYY, vão rebentar por aí. Confirmem-no ouvindo os temas Tu Connais Le Chanson, Fuck Friend e Office Boy, depois podem dar um salto ao MySpace deles para fazerem download gratuito e legal de tudo o que lá está!

Peças Soltas

Dão pelo nome de The Glamour, ninguém diria que são de Milwaukee, Winsconsin, têm um toque muito de finais de 90, mas dentro dos limites do bom senso e gosto. Hesitei entre Kidz Night e Get Into It, mas esta última dá tanto, mas tanto, gozo que acabou por ser escolhida. Testem o que acabei de escrever: ponham o som das colunas no máximo, peguem numa Bic, cliquem em play e aos primeiros sons, saltem para cima da cadeira, rodopiem sem parar com a Bic em riste, até vazarem a vista daquele vosso colega-do-lado-que-é-um-chato. Dá cá um gozo vê-lo gritar, não dá? Se estão por casa, e não podem entregar-se a estas coisas, telefonem já a meia dúzia de amigos a marcar uma festa para logo à noite!

Peças Usadas

Jeanette Dimech. Filha de um belga e de uma espanhola, estrela de um êxito só, Porque Te Vas. Primeiro, achei que a música podia pertencer à série Verão Azul, confirmei que não, que afinal é do filme Cria Corvos de Carlos Saura, mas como este é de 74, e eu só o vi muito mais tarde, lá acabei por ficar meio perdido durante semanas, sem saber donde é que conhecia a música. Depois, lembrei-me de uma festa de anos de um amigo meu, em que me partiram a cana do nariz, tinha eu aí uns 7 ou 8 anos, e que enquanto a minha mãe tentava estancar o sangue, eu, numa de superar as dores, fixei-me na música que estava a dar: Porque Te Vas. Ou melhor, fixei-me no chim-chim, feito pela bateria, que entra logo aos 20 e poucos segundos. Dentro da minha cabeça, aquele chim-chim era semelhante ao chim-chim que a cana do meu nariz fez quando partiu, e isso, vá-se lá perceber como, ajudou na auto-hipnose contra a dor. Talvez por isso, outras das preferidas da minha playlist seja Chi Ching da Lady Sovereign. Voltando um nadinha atrás, a voz dela também ajudou, fazia-me lembrar a de um desenho animado, e quando temos 7 ou 8 anos e ouvimos vozes assim, o mundo é um lugar seguro, mesmo quando o sangue escorre e a festa está estragada. Tudo isto saltou cá para fora, quando estava a ver os vídeos da Jeanette no YouTube.com, onde há desde este gravado num bar apinhado de clientela irreal [reparem nos olhares do tipo que está sentado aos pés dela!], e em que se ouve bem o tal chim-chim, até esta ofuscante aparição ao vivo, passando por este outro com um cameraman atiradiço nos movimentos pélvicos. O vídeo da versão cantada pela Shana Tesh também tem graça, não tanto pela música, mas pelo diálogo no táxi, típico de novela ou de uma qualquer pornochachada latino-americana. Detalhe que já não faz parte da minha memória.

Medição e Ensaio de Peças

Nota máxima para Italiano Lento do DJ Sandrinho, retirado de Baile Funk Masters #1, salpicada de gemidos, mas a provar que com batidas simples se fazem faixas imaculadas, como é o caso. O DJ Sandrinho, fica aqui o convite se estiverem por perto, passará pelo Triptyque em Paris neste próximo 24 de Maio, seguindo para o Favela Chic de Londres a 27, e volta a 30 ao Favela de Paris. Tendo em conta os destinos lowcost disponíveis, são estas as sugestões, mas para saberem todas as datas e locais por onde vai passar, consultem o programa no My Space dele. Avançando para o “dance punk”, máxima para Hummer dos britânicos Foals, que depois de entrar no ouvido, cria balanço e faz abanar a cabeça.

Ruído da Máquina

Office Boy
Myspace.com/bbyayaya – 2007
Bitchee Bitchee Ya Ya Ya

Italiano Lento
Baile Funk Masters #1
Man Recordings – 2007
DJ Sandrinho

Get Into It
Let’s Party!
Promo – 2007
The Glamour

Nota: A minha Máquina do Hype é publicada todas as segundas-feiras.
Os MP3s desta edição são autorizados pelo[s] artista[s] e serão retirados em 24 horas.

A Máquina do Hype #04

Máquina do Hype 04
© The Cobra Snake

Peças Novas

Vamos começar por uma injustiça, estávamos a deixar passar um grande-grande single de uma banda assim-assim: Fluorescent Adolescent dos Arctic Monkeys. Enche logo os ouvidos, mas o melhor é a letra [façam o favor de a ler aqui] , não importa que seja sobre raparigas, porque a verdade é que [quase] todos fomos adolescentes fluorescentes. Mas claro, um dia faz-nos falta qualquer coisa na vida, começam as crises e somos um buraco negro. Consta por aí que com músicas como esta, é possível reacender, voltar à fluorescência. Queremos acreditar nisso.

Peças Soltas

Na órbita folk, tropeçamos em Mona Lisa de Blair [nome infeliz nos dias que correm, mas enfim…], retirado do EP Pluto, sobre as mudanças que aconteceram, pós Katrina, em Nova Orleães e o facto de Plutão [“pluto” em inglês] ter passado de planeta para planeta anão. Bela associação. Ouçam o tema, alinhado com Half Moon, Wolfboy e Blues Song, todos para download gratuito e legal no MySpace.

Peças Usadas

A memória tem coisas estranhas: um vídeo dos Blondie fez-nos lembrar que Atomic pertencia a uma banda sonora, mas estava difícil de adivinhar qual . Depois de muito puxar pela cabeça, lá chegamos à banda sonora do filme Trainspotting, mas o Atomic que lá está, não é o dos Blondie, mas sim dos Sleeper. Este exercício de má memória exemplifica que não somos fãs dos Blondie, mas confirma que o original entusiasma mais do que a versão. Fica aqui o link para o vídeo, onde Debbie Harry está tão sexy que até um saco do lixo lhe fica bem [aliás, qualquer coisa lhe ficava bem por aquela altura], e por favor, estejam atentos ao senhor que aparece no vídeo aí pelos 2:38 min com um capacete na cabeça. Só por isso, está ganho o dia. Se querem perseguir outras versões dos Blondie, tentem One Way Or Another pelos Cansei de Ser Sexy, retirado do EP A Onda Mortal/Uma Tarde Com P, onde o punk da coisa está bem preservado.

Medição e Ensaio de Peças

Nota máxima para Party Time do recente We Know You Know das Lesbians on Ecstasy [ou Lezzies On X], banda de gajas que curtem gajas. No site delas não encontram este tema, mas há lá outros dois para download gratuito e legal que valem bem a pena: Tell Me Does She Love The Bass [The Jealous Mix] e Konstantly Kraving Kosa [Sean Kosa Mix]. A festa está garantida, se alinharem esta última com a remistura de Felix Cartal para L.O.V.E. de Ashlee Simpson. Caso entrem numa de dúvida sobre a vossa identidade sexual, ouçam imediatamente a seguir Where Is My Love de Cat Power.

Ruído da Máquina

Party Time
We Know You Know
Alien8 Recordings – 2007
Lesbians on Ecstasy

L.O.V.E. [Ashlee Simpson – Felix Cartal Remix]
We Know You Know
Myspace.com/felixcartal – 2007
Felix Cartal

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Os MP3s desta edição são autorizados, expressamente e por escrito, pelo[s] respectivo[s] autores[s] e serão retirados em 24 horas.

A Máquina do Hype #03

Hype 03
© The Cobra Snake

Peças Novas

Miss Odd Kidd poderá, com facilidade, confundir-se com Lady Sovereign. Verdade seja dita, todas as rappers inglesas têm o seu quê de Vicky Pollard, “no but yeah but yeah but yeah no but yeah…”, e por isso mesmo, são altamente confundíveis. Deixando de lado este tipo de comentários, que noutros lugares seriam motivo para linchamento público, esclarecemos que Weed Wine and Wankers de Miss Odd Kidd tem animado as nossas noites, remisturas de Sluttt e Drop The Lime incluídas [sem discutir qual das duas a melhor]. A única falha que podemos apontar a Miss Odd é a falta de rudeza, nota-se pelas letras que tem ainda muito “no but yeah but yeah but yeah no but yeah…” para percorrer. E para que não fique qualquer mal entendido, Lady Sov está para nós, como Nossa Senhora de Fátima está para os católicos: lá nos altos. Neste caso, dos subúrbios.

Peças Soltas

Moodymann. Nem sabemos bem por onde começar: se pela valente [re] mistura de funk, soul, jazz e house no recente 12″ Technology Stole my Vinyle, ou se pela vontade de abanar cabeça e corpo que uma coisa destas nos dá. O que sabemos, é que se houve uma noite um DJ que nos salvou a vida, houve um dia em que a tecnologia roubou o vinil. E ainda bem.

Peças Usadas

Pouco se salva em Supply and Demand, aborrecido exercício eu + eu = eu de Amos Lee, mas claro, há uma excepção e dá pelo título de Sweet Pea. A voz, suavíssima; a melodia, country pop dizem; e o chavão “you’re the only reason I keep coming home” usado na letra, são bons motivos para seguir estrada fora. Façam a experiência: liguem o iPod ao rádio do carro, coloquem em loop Sweet Pea e arranquem sem itinerário definido. Quando cair a noite e estiverem sei lá bem aonde, assim meio perdidos, lembrem-se que o único motivo para voltar a casa é o amor da vossa vida. Isto se souberem o caminho de volta, e como é óbvio, tiverem alguém à vossa espera. Caso contrário, se não são dados a experiências tontas, ouçam Hot Wax de Michael Andrew enquanto a fila de trânsito se resolve.

Medição e Ensaio de Peças

Nota máxima para Weird Science, dos Does it Offend You, Yeah?, também para Patrick 122 e Transexual, de Mr. Oizo, homem da “french electro”, e ainda para Pára de Gracinha [Euro Crunk Mix] com MC Leka, retirado de Funk Mundial #3, do duo italiano Crookers. Ligam todas bem, e escusado será dizer, são altamente dançáveis. A negativa vai para Icky Thump dos White Stripes, que fez furor junto dos fãs e de quem se lembrou de dar uma vista de olhos à letra [ou pelo menos a uma parte dela], mas a verdade é só uma: fartos de revisionismo musical estamos nós.

Ruído da Máquina

Pára de Gracinha [Euro Crunk Mix]
Funk Mundial #3
Man Recordings – 2007
Crookers

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A Máquina do Hype #02

Hype 02
© The Cobra Snake

Peças Novas

Os franceses estão a voltar em força, é o que se tem espalhado por aí. Por aqui, é certo que relíquias como Plastic Bertrand [ainda que belga], Mathématiques Modernes, Elli & Jacno até aos mais recentes Stereo Total [ainda que meio alemães], Air, Daft Punk e Nouvelle Vague estão entre os favoritos de sempre. O detalhe linguístico, se cantam ou não na língua materna, se a misturam com outras ou não, é de todo irrelevante. Talvez por isso, tanto são boas as surpresas exclusivamente cantadas em francês, Prototypes [atenção: EP à borla, aqui!], como as bilingues, Plasticines, e aquelas que chegam num inglês bem disfarçado, como Martin Solveig. Depois disto, só faltava aqui quem cantasse em “broken english”, e aí estão os SoKo, a cantar num inglês medonho, mas tão honesto e singular que mete dó. Verdade: Taken My Heart e I’ll Kill Her são músicas que entram pelo ouvido, não querem sair da cabeça e fazem o coração arrepiar, confirmem-no aqui. Sejamos honestos: antes isto, do que o maudito David Fonseca.

Peças Soltas

John Cooper Clarke. O historial do homem é complicado, brilhou na década de 70 com o punk e nas seguintes apagou-se à conta da heroína. Pode dizer-se, à falta de melhor, que é um poeta de rua [há quem o trate por Bardo de Salford] e cruza spokenword com electrónica, punk e sabemos lá mais o quê. Numa expressão: música não identificada. Nada melhor então, acharam os produtores da série ao ouvirem a música de Clarke, do que Evidently Chickentown para acompanhar a tensão existencial [?] entre Tony e Chris no fecho de Stage 5, um dos últimos episódios dos Sopranos. Por aqui, depois de Evidently Chickentown, retirado de Snap, Crackle & Bop, fomos atrás da compilação Word of Mouth e de lá arrancamos uma pérola, I Don’t Want to Be Nice.

Peças Usadas

Aí por meados da década de 90, Armand Van Helden era um Midas entre Djs e produtores. Enumerar aquilo em que tocou e transformou em ouro, de Fine Young Cannibals a Daft Punk, seria o mesmo que escrever uma página sobre a história das grandes batidas daquela década. Entretanto, o House foi-se e o toque de Van Helden também, mas surpresa!, depois da eficaz mistura de Sexy Back [de Timberlake, claro], ressuscita em Ghettoblaster, último álbum, com Playmate. A batida é muito noventas, a voz é assim-assim, agora que é altamente dançável, é. Pior: deixa ficar a suspeita que o House ainda vai voltar. Mau Maria.

Medição e Ensaio de Peças

Nota máxima para o hip hop africano, recolhido na compilação African Underground: Depths of Dakar da Calabash Music, em particular o som de Sen Kupar. Do hip hop africano para o funk e deste para o kuduru [faz tudo sentido, não faz?!], os Buraka Som Sistema fizeram misturas de Gasolina, dos Bonde do Rolê, e Birdflu Guns Up, da M.I.A. Gostamos mais do primeiro, o outro é um bocadinho um tiro no ouvido. Mas pronto, infelicidades destas acontecem.

A minha Máquina do Hype é publicada todas as segundas-feiras.

A Máquina do Hype #01

Hype 01
© The Cobra Snake

Peças Novas

É verdade, Feist conseguiu, 1 2 3 4 é o segundo grande single posto a circular do álbum que já aí está há venda, The Reminder, o outro é My Man, My Moon. A diferença é que este 1 2 3 4 dá para tudo: trautear, dançar, bater palminhas e até para pensar que não é com golpes de sorte que se conseguem coisas destas. E há que reparar na engenharia da coisa: até aos 20 e poucos segundos parece que nada vai acontecer, depois a melodia abre e leva-nos com facilidade. O vídeo acompanha a excelência do single, confirmem no Youtube.com. Só de pensar que houve um tempo em que Feist usava o nome de Bitch Lap-Lap e rapava em espanhol com um fantoche feito de meias, até dói.

Peças Soltas

Darondo. O homem andava de Rolls Royce branco, abria concertos para o James Brown e era tido como o próximo Al Green, até que em meados de setenta desapareceu. Foi recuperado em 2005 por Gilles Peterson para a colectânea [Gilles Peterson] Digs America, com o single Didn’t I. Tendo em conta o interesse que despertou, a Ubiquity lançou no ano seguinte Let My People Go. Nela está recolhida, se é que assim se pode dizer, a obra completa de Darondo, que se resume a nove singles. Sim, nove, mas todos grandiosos. Há coisas assim.

Peças Usadas

Não é novidade nenhuma: são três raparigas de Brooklyn, todas teclistas, dão pelo nome de Au Revoir Simone [não a de Beauvoir, mas tanto quanto se sabe, a de um filme de 1985, Pee-Wee’s Big Adventure, de Tim Burton], editaram um álbum, The Bird Of Music, e foram adoptadas como coqueluche por [quase] tudo o que é blog e revista de música. E até David Lynch anda por aí a dizer que são as preferidas dele. O uso abusivo dos sintetizadores e o lado querido das Au Revoir Simone fazem lembrar muito uma coisa de início dos anos 90, Les Mariages Chinois, de Philippe Katerine, reeditado há pouco. Ambos os discos, o das Au Revoir hoje e o de Katerine em retrospectiva, sofrem do mesmo mal: à primeira escuta fascinam, à segunda descobrimos-lhes as fragilidades e à terceira estão gastos. Agora uma pequena teoria: uma busca rápida ao Google e os resultados indicam rapidamente o porquê da súbita euforia à volta das Au Revoir Simone, para além de carinha laroca, há pernoca bem feita. Neste caso, a multiplicar por três.

Medição e Ensaio de Peças

Nota máxima para os nomes que as bandas brasileiras escolhem. Depois dos Cansei de Ser Sexy, há agora os Luísa Mandou Um Beijo. São do Rio, não consta uma Luísa da formação, mas sim uma Flávia, acompanhada de Fernando, PP, PC, Shockbrou, Andrezinho e Luciano. Fazem pop como deve ser, levezinha e fresca, confiram Hoje, o Mar Dançou no Céu. O álbum está todo aqui, o download é gratuito e legal.

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