Le Sketch: Jorge Alderete

alderetesketch

O Le Sketch é um desdobrável totalmente gratuito, editado por mim e com esboços de Jorge Alderete. Para o receber, basta enviar um e-mail com o vosso nome e morada para lesketch [@] gmail [.] com. Mas atenção: a oferta só é válida até a edição se esgotar.

Le Sketch it’s a totaly free booklet published by me with sketches from Jorge Alderete. Just send e-mailto lesketch [@] gmail[.] com, please remove the brackets, with your name and address and you will receive the booklet at home – for free. Important notice: this offer is valid until I run out of copies

OuBaPo: Oupus 4

oubapo4img

Estão todos convidados pelo colectivo OuBaPo [acrónimo para Ouvroir de Bande-Dessinée Potentielle] e pela editora L’Association para a exposição e lançamento da colectâneaOUPUS 4, com trabalhos de, entre outros, Marjane Satrapi, Lewis Trondheim, David B, Jean-Claude Denis, Étienne Lécroart, Wazem, Elke Steiner, Christophe Badoux, Alex Baladi e, claro, meus.

A inauguração é no dia 18 de Janeiro, aí pelas 18 Horas, na L’Arbre À Lettres, que fica na rua Faubourg-Saint-Antoine, 62 [Rive Gauche; é bem, é bem] em Paris.

Adeus, e até ao meu regresso.

The OuBaPo group and l’Association will have a exhibition on OUPUS 4, with works from, among others, Marjane Satrapi, Lewis Trondheim, David B, Jean-Claude Denis, Étienne Lécroart, Wazem, Elke Steiner, Christophe Badoux, Alex Baladi and mine, of course. The exhibition will be held on L’Arbre À Lettres, St. Faubourg-Saint-Antoine, 62, Paris, and the opening will be on 18th of January. You are all invited.

Sketch-o-Rama Xalapa!

jaxalapa

O Jorge Alderete [na imagem], ilustrador argentino e lutador de wrestling nas horas livres, andou por terras inóspitas do México a fazer evangelização pela arte, ou melhor, pelo esboço, em workshops para miúdos. Levou esboços de Manuel Monroy, Alejandro Magallanes, Matt Madden, Fábio Zimbres, César Evangelista e meus, claro.

Agora está tudo online, aqui.

Jorge Alderete, argentinian illustrator and wrestling fighter in is spare time, went on roundabout in Mexico doing sketch workshops for kids. With him, took sketches from Manuel Monroy, Alejandro Magallanes, Matt Madden, Fábio Zimbres, César Evangelista and my owns. Check Jorge’s adventure in here

Escrita Fina: Ponto Final

escritafinal
Nuno Saraiva e Paulo Patrício © 2004-2006

Foram 48 as histórias de bd publicadas durante todo o ano passado na Única do Expresso, agora é o ponto final na Escrita Fina, série feita em parceria com Nuno Saraiva que (espero) algum dia seja recolhida e publicada em livro.

48 stories of 2 pages done, now it’s the end of Escrita Fina, a weekly series published in Única during last year, magazine of the newspaper Expresso. Some day it will be published in a book.

EuroComix: Pontapé de Saída

eurocomix
Nuno Saraiva e Paulo Patrício © 2004-2006

A convite do Die Wochenzeitung, semanário suíço de referência, eu e o Nuno Saraiva vamos publicar até meados de Julho crónicas sobre o Euro 2004. Os títulos e o temas vão girar sempre à volta da palavra febre, dos estádios, da festa, da bandeira. Enfim, variantes desta febre futebolística nos vai tocando a todos.

Pois, mas como não percebo rigorosamente nada sobre futebol, as crónicas andarão à volta do que vai acontecendo fora das quatro linhas, esta primeira será sobre a febre dos estádios, a próxima, sobre um inglês que chegou ao Euro em passo de corrida e sobre adeptos hiper-heterossexuais. É bem, é bem.

Autores [em 2003]

Durante uma entrevista, e respondendo a uma pergunta de rotina, James Joyce disse que para se ser escritor é preciso aguentar com tudo. Mesmo a fechar este ano passei a acreditar nisso, quando um crítico me disse que só existiam dois, vá lá, no máximo, três autores de banda desenhada em Portugal.
Continue reading Autores [em 2003]

Dupla Face

duplaface

Será publicada em breve pela + BD uma recolha de esboços e apontamentos de desenho feitos por mim em cadernos, agendas, folhas soltas e post-its desde o início de 2003 com o título de Dupla Face.

Escolhi apenas esboços e apontamentos que tinham semelhanças entre si ou eram variações de um primeiro, sendo depois sobrepostos para resultarem num só desenho e montados lado a lado obedecendo a um denominador comum: a pulsação sexual.

Coimbra e Balbec

coimbrabalbec

As cidades com um património arquitectónico decadente sempre ficaram bem dentro de um quadrado, Coimbra não é uma excepção. Isto a propósito da exposição Coimbra na BD que abriu hoje, dia 17 de Junho, no Museu de Física da Universidade de Coimbra. Comissariada por João Miguel Lameiras, João Ramalho Santos e João Paiva Boléo, a exposição divide-se em dois blocos, a saber: 1. Coimbra na bd nacional e internacional, tendo como objectivo de avaliar a representação da cidade na bd ao longo do tempo 2. Originais do livro O Segredo de Coimbra de Étienne Schréder e espólio do próprio museu colocados lado a lado, tendo esta como objectivo estabelecer relações (e interpretações) entre ambos.

Não fica mal, a propósito desta exposição, citar Gérard Genette: “Paris e Balbec estão ao mesmo nível, mesmo que uma seja real e a outra fictícia, nós somos todos os dias objecto de narrativas, senão mesmo heróis de um romance.”. Além de estar bem articulada uma das ideias centrais da ficção, esta frase também tem a estranha capacidade de fazer qualquer um sentir-se bem. Tudo, sem usar filosofia em segunda mão ou dar lições de optimismo para donas de casa que sofrem de angustia antes da hora do almoço. Aprende Paulo Coelho.

Genette é conhecido pela teorias que formulou sobre o arquitexto e o hipertexto, mas tem ensaios muito interessantes sobre o discurso literário e aspectos, origens e mecanismos da linguagem. Não vende milhões, nem comove multidões, mas é uma boa leitura para os dias mais tristes.

Queremos +

Ficava feliz se houvessem mais editoras assim, pequeninas e cheias de bom gosto, como a +bd do José Rui Fernandes, a quem se associaram outros dois editores, Júlio Moreira e Pedro Cleto. Até agora foram editados “Aqueles Que Te Amam”, “Max e Zoé em O Grande Disparate” e “Alguns Dias Com Um Mentiroso” de Étienne Davodeau, “L123 Seguido de Cevadilha Speed” de Relvas, “Mundo Fantasma” de Daniel Clowes, e este mês saíram As Aventuras de Hergé de Stanislas e Kafka: Desiste! E Outras Histórias de Peter Kuper.

São raras as editoras que têm a capacidade de editar livros com esta qualidade, porque o nosso mercado é ingrato e desconhece a maioria destes autores, e se a isso juntarmos uma produção gráfica cuidada e um bom design de capa, então estamos a falar de profissão de risco. Calculado ou não, só espero é que eles não parem

Fumetto: Chalet com Cerveja

chaletcervejas

01.
A exposição de François Chalet [na imagem, à direita, nos anos 80] é das mais fulgurantes em termos de quantidade e variedade de material exposto: impressões a jacto de tinta, fotocópias, páginas de revista, acetatos, animações flash, montagens em papel, cartazes, brochuras, postais, autocolantes e um longo etc. Limitando-se quase exclusivamente a formas simples para construir a figura humana, não é de admirar que a grande força das ilustrações de François Chalet esteja toda concentrada nas expressões faciais e em soluções muito simples que criam a ilusão de movimento. Muitos dos trabalhos expostos resultam da combinação entre o design e a ilustração, mas tanto num caso como no outro tudo é limpo, inteligente e cheio de graça.

02.
Não entendo como é que um suíço, ainda que a viver em Paris, consegue ser tão sardónico e descontraído ao mesmo tempo.

03.
Club ABC Mixx, 2 da manhã. O François Chalet é o VJ de serviço, mas o DJ residente parece não querer acertar o ritmo da música com o das imagens. O DJ muda, agora é uma DJ, a música melhora e eu tento evitar apanhar com os pés de um suíço gigantesco que desata aos pulos de histeria mal houve Chemical Brothers. Alguém diz qualquer coisa ao microfone, peço tradução a uma alemã que está ao meu lado, ela diz-me que “… há uma carteira junto à pista de dança, estão a pedir ao dono que a vá buscar!”. Meu Deus, penso: será que aqui até os donos e empregados das discotecas são honestos?!

04.
São quase 4 da manhã, acabou a música e a discoteca vai fechar. Meu Deus, penso: será que aqui até os donos e empregados das discotecas se deitam cedo?!

05.
Estamos a horas do fecho do Fumetto, não há quase ninguém à nossa volta. Eu e o François aproveitamos para beber uma cerveja, falamos em francês sobre a maneira como os suíços se vestem e sobre o festival. Mais uma cerveja, eu continuo a falar francês, mas o François muda para inglês, falamos de fotografia e Paris. Outra cerveja, eu mudo para inglês, o François fica indeciso, mas acaba por optar pelo espanhol. Mais outra cerveja, falamos os dois em espanhol sobre Argentina e mulheres. Outra logo de seguida, ele fala alemão e eu misturo francês com espanhol, a conversa é sobre desenho assistido por computador e linhas curvas. Levantamo-nos e vamos buscar mais duas cervejas, as últimas, mesmo para acabar. Estamos ansiosos para desmontar as nossas exposições, boa desculpa para irmos buscar outras duas cervejas. Depois, depois só dizemos palavrões. Sem parar.